domingo, 24 de maio de 2009

Mensagem de domingo:“Eterno é o poder de Deus”

Padre Fabrício Dias Timóteo
Padre Fabrício é o paroco da cidade de Catinqueira o qual tive o prazer de conhecê-lo e que a partir de hoje, sempre que for possível, dará a sua contribuição com mensagens de paz, amor e reflexão. Desde já, o blog olho vivo agradece de coração a sua contribuição.
Neste domingo a Igreja celebra a solenidade da Ascensão do Senhor, ou seja, festeja a subida de Jesus aos céus, onde está sentado à direita de Deus Pai Todo Poderoso, “muito acima de qualquer principado, autoridade, poder e soberania, e de qualquer outro nome que se possa nomear, não só no presente, mas também no futuro” (Ef 1,21). Entretanto, é sobre o intervalo de tempo entre a Ressurreição de Cristo e a sua Ascensão, ou melhor, é sobre os quarenta dias que o ressuscitado apareceu aos apóstolos e explicou-lhes sobre o Reino de Deus, que desejamos comentar neste nosso primeiro artigo.
Nesse tempo de aparições do ressuscitado grandes sacramentos foram confirmados (como o Batismo, a Eucaristia e a Confissão), grandes mistérios da nossa glorificação foram revelados.
No decurso desses quarenta dias, onde Jesus se demonstrou vivo para sempre, foi afastado o medo da morte cruel e proclamada a imortalidade, não apenas da alma, mas também do corpo. “Desse modo, Jesus libertou os homens que ficavam paralisados a vida inteira por medo da morte” (Hb 2,15).
Nesses dias, por meio do sopro do Senhor, todos os apóstolos receberam o Espírito Santo. “Jesus soprou sobre os apóstolos, dizendo: recebam o Espírito Santo. Os pecados daqueles que vocês perdoarem, serão perdoados. Os pecados daqueles que vocês não perdoarem, não serão perdoados” (Jo 20,22-23). Nesses quarentas dias, em que o ressuscitado come e bebe familiarmente com seus discípulos, foi confiado ao apóstolo Pedro, mais que a todos os outros apóstolos, o cuidado do rebanho do Senhor. “Pela terceira vez Jesus perguntou a Pedro:
‘ Simão, filho de João, você me ama?’ Pedro disse a Jesus:
‘ Senhor tu conheces tudo, e sabes que eu te amo’. Jesus disse: ‘apascenta as minhas ovelhas’” (Jo 20,17)
Durante esses dias, entre a ressurreição e ascensão do Senhor, Jesus aproximou-se de dois discípulos em viagem, os discípulos de Emaús, e para retirar definitivamente as sombras de nossas dúvidas repreendeu a lentidão de espírito desses homens cheios de medo e pavor. Seus corações, iluminados pelo Senhor, receberam a chama da fé; à medida que o ressuscitado ia lhes explicando as Escrituras, começando por Moisés e continuando por todos os profetas, os discípulos de Emaús foram se convertendo de indecisos que eram em homens ardorosos. E mais ainda: ao partir o pão, quando estavam sentados com Jesus à mesa, os olhos da fé dos discípulos foram totalmente abertos. E os nossos olhos, já foram abertos? Estamos conseguindo ver o mundo e a vida com mais esperança?
Durante todo esse tempo, passado entre a ressurreição e a ascensão do Senhor, a providência de Deus esforçou-se por nos ensinar que a Ressurreição de Jesus é algo tão real como o seu nascimento, paixão e morte. É como nos dizem os anjos que estavam no túmulo vazio: “Por que vocês estão procurando entre os mortos Aquele que está vivo? Ele não está aqui. Ressuscitou!” (Lc 24,5-6). Aleluia!
Os santos apóstolos ficaram muito perturbados com a tragédia da cruz e por isso mesmo não queriam acreditar na Ressurreição. Jesus ao aparecer para os discípulos, pergunta-lhes: “Por que estão perturbados, e por que o coração de vocês está cheio de dúvidas?”(Lc 24,38). Ele também faz essa mesma pergunta para nós. Jesus repreendeu os discípulos por causa da falta de fé e pela dureza de coração, pois não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado. Repreende-nos igualmente quando estamos com um coração duro, ranzinzo e incrédulo. Pela divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, por seu poder e por seu amor, Ele sempre estará conosco, jamais nos abandonará. Cristo está no céu, porém permanece com cada um de nós. Acreditemos, Ele está no meio de nós!

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